AS APARIÇÕES DE JACAREÍ SÃO PAULO - SP

AS APARIÇÕES DE JACAREÍ SÃO PAULO - SP
Vidente Marcos Tadeu Teixeira

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sexta-feira, 12 de março de 2010

AS CINCO VIAS DA DEMONSTRAÇÃO DA EXISTÊNCIA DE DEUS

Que Deus existe, pode-se provar por cinco vias:

[1] A primeira e a mais manifesta é a procedente do movimento. É evidente, sendo atestado pelos nossos sentidos, que, neste mundo, alguns seres são movidos. Ora, tudo o que se move é movido por um outro. Com efeito, nada é movido a não ser que esteja em potência em relação ao termo do seu movimento, enquanto, pelo contrário, um ser move enquanto está em acto. Pois o movimento não é mais do que a passagem da potência ao acto e nada pode ser levado ao acto a não ser por um ser em acto. Assim, o que está quente em acto, como o fogo, faz com que a madeira, potencialmente quente, se torne actualmente quente e, desta forma, move­‑a e muda-a. Ora, não é possível que o mesmo ser, considerado sob o mesmo ponto de vista, seja simultaneamente em acto e em potência, mas só sob outros pontos de vista; por exemplo, o que é quente em acto não pode ser simultaneamente quente em potência, mas, é, ao mesmo tempo, potencialmente frio. É pois impossível que, sob a mesma relação e do mesmo modo, algo seja simultaneamente motor e movido, isto é, que se mova a si próprio. Logo, se a coisa que move é também movida, é preciso que seja movida por um outro e, este último, por um outro. Ora, não se pode proceder, assim, até ao infinito, pois, neste caso, não haveria um primeiro motor e, por consequência, nenhuns outros motores; com efeito, os motores segundos só movem a não ser que sejam movidos pelo motor primeiro, do mesmo modo que o bastão só se move se for movido pela mão. Logo, é necessário chegar a um primeiro motor, sem ser posto em movimento por nenhum outro, o qual todos compreendem ser Deus.

[2] A segunda via procede da natureza da causa eficiente. Verificamos, observando as coisas sensíveis, que há uma ordem nas causas eficientes. Mas, não se encontra, nem é possível que assim seja, uma coisa que seja a causa eficiente dela mesma, pois seria anterior a si, o que é impossível. Ora, também não é possível proceder‑se até ao infinito, porque em todas as causas eficientes ordenadas entre elas, a primeira é causa das intermédias e as intermédias são causas da última, sejam muitas as causas médias ou apenas uma só. Ora, ao remover-se a causa, remove‑se o efeito. Por conseguinte, se não há primeira causa na ordem das causas eficientes, não haverá nem última nem intermédia. Procedendo‑se ao infinito na série das causas eficientes, não haverá primeira causa eficiente; por consequência, não haveria efeito último nem causa eficiente intermédia, o que é evidentemente falso. Logo, é necessário afirmar que existe uma primeira causa eficiente que todos chamam Deus.

[3] A terceira via tem a ver com o possível e o necessário e é a seguinte. Vemos na natureza coisas que podem ser ou não ser, visto que podem nascer e desaparecer [corromper] e que, por consequência, têm a possibilidade de existir e de não existir. Mas é impossível que tudo o que é de tal natureza exista sempre, visto que, o que pode não existir, não existe num certo momento. Logo se tudo é possível não ser, então, num momento dado, poderia não haver nada na existência. Ora, se isto fosse verdade, mesmo agora não haveria nada na existência, porque aquilo que não existe apenas existe por algo já existente. Por conseguinte, se num dado momento, nada existia, seria impossível a algo começar a existir; e, deste modo, mesmo agora nada existiria, o que é absurdo. Por consequência, nem todos os seres são meramente possíveis e deve haver algum cuja existência seja necessária. Ora, tudo o que é necessário, ou extrai de outrem a causa da sua necessidade ou não. Mas é impossível proceder até ao infinito nas coisas necessárias que têm a sua necessidade causada por outrem, como se provou em relação às causas eficientes. Deste modo, é forçoso afirmar a existência de um ser por si próprio necessário, sem a receber de outrem, mas, antes, sendo causa da necessidade de outros; a tal ser, todos os homens chamam Deus.

[4] A quarta via procede da gradação que se encontra nas coisas. Vê-se, com efeito, nas coisas, maior ou menor bem, verdade, nobreza e outros atributos semelhantes. Ora, uma qualidade é atribuída em maior ou menor grau a coisas diversas segundo a diferente proximidade em relação à coisa na qual esta qualidade é realizada no seu grau supremo; por exemplo, dir-se-á mais quente o que se aproxima mais do que é superlativamente quente. Há, assim, algo que é soberanamente verdadeiro, bom, nobre e, por conseguinte, soberanamente ser, pois, como é dito no segundo livro da Metafísica [Aristóteles; 993b 30], o mais alto grau de verdade coincide com o mais alto grau de ser. Por outro lado, o que está no cume da perfeição de um determinado género, é causa desta mesma perfeição em todos aqueles que pertencem a este género; assim, o fogo, que é superlativamente quente, é causa do calor do tudo o que é quente, como é dito no mesmo Livro [993b 25]. Há, pois, um ser que é, para todos os seres, causa de ser, de bondade e de toda a perfeição. É a ele que nós chamamos Deus.

[5] A quinta via procede do governo das coisas. Vemos que os seres privados de conhecimento, como os corpos naturais, agem em vista de um fim, o que é manifestado pelo facto de que, sempre ou frequentemente, agem da mesma maneira, de forma a realizar o melhor resultado; é claro que eles chegam ao seu fim não por acaso, mas, sim, em virtude de uma intenção. Ora, o que é privado de conhecimento não pode chegar a um fim, a não ser dirigido por um ser conhecedor e inteligente, como a flecha através do arqueiro. Logo, há um ser inteligente através do qual todas as coisas naturais são ordenadas ao seu fim e este ser é o que nós chamamos Deus.

segunda-feira, 8 de março de 2010

AS PURIFICAÇÕES ATIVA E PASSIVA

NECESSIDADE DAS MORTIFICAÇÕES

1. As tendências errôneas que se devem evitar

a. Naturalismo pratico: Nega o espírito de fé na vida cristã pratica
(falsa dialética entre mortificação, renuncia, obediência)
b. Naturalismo: Ver o pecado como uma desordem que danifica ao homem e esquece a gravidade do pecado como ofensa a Deus (perdem a importância as atividades espirituais)
c. Quietismo: Cai no defeito de inação. Querer obrar é uma ofensa a Deus, permanecer em um repouso absoluto, na fé escura.
d. Jansenismo: Orgulhosa austeridade, que se devia permanecer toda a vida na purgativa, afastados da comunhão por não ser dignos.

2. Mortificação e sua necessidade

Luta contra os obstáculos: (aspecto negativo da perfeição cristã)
a. Inimigos principais: Pecado e imperfeições.
b. Inimigos secundários: O mundo, o demônio (tentação, obsessão, possessão) e a carne.

Ensino do Evangelho: Cristo veio realizar uma obra de caridade divina:
a. Excluir o ressentimento e animosidade do coração.
b. Mortificar a concupiscência, os maus olhares.
c. Tira o desejo de vingança
d. Mortificar os juízos temerários
e. Espírito de mortificação com alegria e simplicidade.

Resumo: A mortificações se faz necessário pela imitação de Cristo crucificado, pois enquanto o pecado se apaga no batismo, mas não suas conseqüências do pecado original, como por exemplo: a morte, enfermidade, doenças e as concupiscências desordenadas da carne. É necessário fazer mortificações, porque a repetição do pecado pessoal engendra disposições viciosas e habituais que são contra os valores de nossa religião.

PURIFICAÇÃO ATIVA DOS SENTIDOS

1. Necessidade do processo de purificação

Purificação ativa e passiva no processo de purificação a ação divina chega onde materialmente seja possível:
_ Deus reserva uma parte da purificação (purificação passiva)
_ O homem com a ajuda da graça deve fazer um esforço para cooperar (purificação ativa)

2. Purificação ativa dos sentidos externos

Em relação à vista:
Evitar as olhadas voluntárias e seus maus desejos.
Evitar também até os que vêm sem maus desejos, involuntárias, que induze ao pecado.
Evitar as olhadas curiosas que representa um obstáculo para o recolhimento e a oração.

Ao ouvido e a língua:
Evitar conversas más (ofensa grave contra a pureza, a caridade e a justiça)
Evitar conversações frívolas, tagarelismo, bate-papos inacabáveis e as criticas.

Ao olfato:
Tolera os maus cheiros sem queixas.
Renunciar o uso de perfumes (afemina a alma)

Aos gostos:
Comer fora de hora sem necessidade.
Comer com muito ardor e excessivamente.
Comer manjares deliciosos e pratos refinados.
A gula origina estupidez, desordena o entendimento e a alegria.

Ao Tato:
Desordem da impureza e suas concupiscências da carne.
Ordena através da penitência e mortificação corporal.

3. Purificação ativa dos sentidos internos

Imaginação ou fantasia:
Guarda os sentidos externos que submete a vista à matéria.
Combater a ociosidade (preguiça) com ocupações úteis.
Oferecer a imaginação algum objeto bom fazer a composição de lugar.
Ficar atento no que está fazendo disciplina a imaginação.
Não dar atenção às distrações.

Memória:
Eliminar as lembranças pecaminosas.
Combater as lembranças inúteis (desgraças familiares)
Esquecer injurias e desprezos.
Lembrar benefícios de Deus e nossa ingratidão.
Recordar os motivos da esperança cristã.

4. As paixões e suas influencias

Na vida física: Sua influência pode ser negativa (tristeza produz a morte)

Na vida intelectual: A perda da fé tem sua origem na desordem das paixões. Sentimentos que provém do conhecimento sensitivo acompanhado vão de impetuosidade elevada.

Na vida moral: Diminuem (méritos) quando obramos mais por impulso da paixão e não pela vontade. Aumenta (méritos) quando a vontade confirma o movimento anterior da paixão e a utiliza para obrar com maior intensidade.

PURIFICAÇÃO ATIVA DAS POTÊNCIAS DA ALMA

1. Purificação ativa da inteligência

Nossa inteligência não pode ter dois pensamentos de uma só vez. A base para purificar a inteligência é a aplicação da mente a um objeto composição de lugar. Se assim cumprir não haverá lugar para outros pensamentos inconvenientes. A mente ou espírito é a parte espiritual do homem, é também a potencia mais elevada da alma. É o lugar das comunicações de Deus com a alma daí que a alma permanece tranqüila nas provações.

2. Aspecto negativo da purificação

Os pensamentos inúteis: A distrações na oração vem da perda de tempo que damos a leituras inúteis, a passa tempos, curiosidades, etc....

A ignorância: Evitar conhecer coisas que nos faria perder nossa modorra. Deve ordena o estudo teológico à contemplação. Gasta a metade do tempo do apostolado na oração (tendência errônea) Devemos ser ordenados (é hora de fazer apostolado faça apostolado, se é hora de rezar faça a oração)

A curiosidade: Desejo imoderado de saber o que não nos interessa ou pode ser pra nós prejudiciais. Por exp: Leituras de passa tempo, andar investigando, ditos e feitos alheios que leva a critica e a falação, desejo de revelação e coisas extraordinárias não chega a pura fé.

Precipitação no julgar: Imprudência. Por não refletir sobre o estado da questão (origina ilusões e desgostos)

Remédio: Proceder com calma e refletidamente evitando a ligeireza e a precipitação nos juízos.

Apego ao próprio juízo: Soberba. Dá-se ao exame que se faz ao dogma de fé, às decisões dos legítimos superiores, mantendo um espírito de seita, e não na exposição serena e defesa racional do ponto de vista.

Remédio: Fomentar a sinceridade intelectual, o amor à verdade, a humildade, a caridade e a docilidade aos conselhos.

3. Aspecto positivo da purificação do entendimento

Obter a plena submissão a Deus de nosso entendimento deixando guiar pelas luzes da fé.

4. Purificação ativa da vontade

Necessidade da purificação da vontade: O homem pelo pecado original foi destruído a ordenação do entendimento a Deus. O homem tinha plena submissão dos sentidos ao controle da razão, perdeu o domínio absoluto sobre as faculdades sensível, agora só conserva certo poder moral.

Trabalho retificador da vontade: Submeter nossa vontade com a vontade de Deus fortalecendo sua autoridade com relação as potencias inferiores até submete-la inteiramente.

Desprendimento do criado: Orientar tudo a Deus. Fazer de Deus o único motivo pelo qual se buscam as criaturas (noite passiva: faz acontecer Deus as almas)

Abnegação de si mesmo: As pessoas buscam a si mesmos ainda nas coisas santas. Na oração alargando quando há consolação e abandonam onde não há consolações sensíveis. No desejo de perfeição não procuram a maior glória de Deus, senão, sua própria grandeza.

Remédio: Reedificar a intenção e colocar o fim das nossas obras só para a glória de Deus.

PURIFICAÇÃO PASSIVA

1. Necessidade das purificações passiva

Autoridade de São João da Cruz: É o passo dos principiantes ao estado dos aproveitados. Deus faz entrar na noite escura purificando dos gostos e sabores em puras securas e trevas interiores e faz ganhar virtudes (dos contemplativos)

Razão teológica: Deus impõe as purificações passiva para a alma vencer o egoísmo, a sensualidade, a inveja, a imparcialidade, o amor próprio, a busca de si mesmo, o orgulho, etc... Tudo que se opõem ao espírito de fé e a desconfiança em Deus.

2. Noite do sentido

Natureza: É uma serie prolongada de aridez, securas e escuridões sensíveis produzem em um sujeito imperfeito pela contemplação infusa inicial.

Causa: Se pode converter na causa e motivo principal, pelo qual exercita na virtude espiritual receber consolação sensível. Pensão que tem virtudes onde na verdade tem imperfeições.

A purificação: É produzida pelas primeiras luzes da contemplação infusa, ao recair sobre um sujeito imperfeito acostumado ao sensível. Esta comunicação espiritual que vai direto ao entendimento sem discurso dos sentidos.

Os efeitos: Produz nelas escuridões, vazio, negação e desamparo. A alma aqui não está preparada para receba-la.

Os sinais para conhecê-la:
a. Não acha gosto ou consolo nas coisas de Deus ou criadas.
b. Na memória traz a Deus com solicitude e cuidado penoso. Pensão que não servem a Deus e volta atrás, conservam sempre o desejo de servi-lo.
c. Não pode meditar como estava acostumado vem misturado enfermidade mental, tentação e perseguição.

Conduta pratica da alma:
a. Submissão à vontade de Deus, com paciência e resignação as provas, todo o tempo que queira Deus.
b. Perseverança na oração.
c. Deixar a alma em quietude em quietude, com uma advertência amorosa e sossegada em Deus.
d. Docilidade a um diretor prudente e experiente que a anime a permanecer tranqüila e sossegada na sua atenção amorosa com Deus.

Os efeitos:
a. Conhecimento de si mesmo e de sua miséria.
b. Trato com Deus com mais respeito na consolação ou sem ela
c. Luzes mais viva sobre a grandeza e excelência de Deus.
d. Humildade, não compara com os outros ou que vai melhor.
e. Amor ao próximo, os estima e não os julgam.
f. Submissão e obediência atende o que ensina e deseja que o guia.
g. Purificação, da avareza, luxuria e gula espiritual.
h. Memória de Deus com temor e receio de voltar atrás.
i. Exercício de todas as virtudes.
j. Vão aparecendo os frutos do Espírito Santo.
k. Vitória sobre os três inimigos da alma.

A duração: É variável, depende do grau de amor ao que Deus queira as levantar e do maior ou menor imperfeição que devem ser purificadas.

3. Noite do espírito

Natureza: É uma serie de purificações passivas que completa na alma a começada noite do sentido. Uma serie de provas para arrancar da alma os defeitos e imperfeições.

Causa: Graus superiores da luz contemplativa no intelecto criado que mostra a alma as mais pequenas imperfeições (contraste entre grandeza e miséria, ver-se jamais possível a união)

Efeitos: Sai toda transformada em Deus, livres de todas suas fraquezas e imperfeições e misérias.

Necessidade: Esta purificação (via unitiva) é indispensável para a união da alma com Deus. Fica livre de todas suas misérias e fraquezas (união transformadora)

Duração: Depende da circunstancias muito variável. Pode durar muito tempo até que a alma seja admitida à união transformadora (via unitiva à união transformadora)

4. Securas e aridez

Natureza: Certa impotência para produzir atos intelectivos e volitivos na oração.

Causa: Tibieza, indisposição física, prova de Deus para o desapego da alma aos consolos sensíveis.

Remédio: Entregar nas mãos de Deus, o essencial é amar a Deus, humilhar-se, perseverar e aumentar o tempo de oração, generosidade no serviço de Deus.

O que deve evitar: Rotina, excesso de atividades, apego aos consolos sensíveis, apego a determinados métodos de oração sem uma orientação.

CAP IV OS GRAUS DA ORAÇÃO

Introdução: A importância da Oração

A oração é muito importante na vida espiritual, porque é como uma vida da alma. Aquele que reza que faz verdadeira oração tem força para viver sua vida cristã. Ao contrário aquele que não reza tem muita fraqueza e sua alma está como morta. Por que acontece isso? Porque através da oração e que conseguimos as graças necessárias para alcançar o caminho do bem. Aliás, da meditação é importante aproveitar também outros modos de oração como: a Santa Missa, o terço e outras orações. O modo de oração que quer dizer é um modo de conversar ou de dialogar com Deus, é por em contato nossa alma com Deus com o sinal de interrogação (“?”) Como fazer a interrogação? Santo Inácio de Loyola nos seus exercícios espirituais nos ensina como fazer a oração no qual dialogamos com Deus, segundo a necessidade de nosso coração, porque rezar não e fazer um estudo senão elevar o coração a Deus. Podemos distinguir a oração através de duas etapas a ascética e a mística:

Etapa predominante ascética

1. Oração vocal

Manifesta com palavras pode ser pública, litúrgica e privada. Deve ser feita com atenção (elevar a mente e o coração a Deus) e com piedade (colocar nossa vontade e afeto em Deus) Convém insistir no afeto interior sem muitas palavras. Cessar as palavras quando surge o afeto interior.

2. Meditação

É a aplicação do raciocínio da mente a uma verdade sobrenatural para nos convencer dela e nos mover a praticá-la com a ajuda da graça. Sua maior eficácia o amor a Deus e o desprezo de si mesmo. Normas:

a. Ter consciência de está na consciência de Deus.
b. A matéria da meditação deve ser curta, simples, clara e seguida ao estado e vocação de cada pessoa.
c. O trato de amar e querer a verdade.
d. Tempo determinado: ser constante e regular nos exercícios.
e. Lugar e postura: capela ou solidão, humildade e respeito sem muita comodidade ou muita mortificação.
f. Deve durar o tempo necessário para manter o ardor e a devoção.
g. Fazer jaculatórias caso não tenha tempo.

3. Oração afetiva

Predominância dos efeitos da vontade sobre o discurso do entendimento.

O fruto:
a. Pratica mais intensa das virtudes cristã.
b. Desprezo de si.
c. Pureza de intenção.
d. Caridade espiritual.
e. O cumprimento dos deveres.

Conselho:
a. Não suspender o discurso antes que brote o afeto.
b. Não força os afetos, excitá-lo com o discurso.
c. Não ter pressa em passar um afeto a outro.
d. Procurar ir reduzindo e simplificando os afetos

Vantagens:
a. Alivio da alma, diminui os trabalhos discursivos.
b. Une intimamente a Deus com amor mais intenso.
c. Desenvolve as virtudes infusas conectando com a caridade.
d. Consolos sensíveis que servem para a prática das virtudes.
e. Preparação para a oração de simplicidade.

Inconveniência que terá que evitar:
a. Esforço violento por produzir os afetos.
b. Pensar que está mais adiantado na vida espiritual.
c. Gula espiritual que leva a alma busca consolo sensível.
d. Preguiça da alma quando falta os afetos, não volta para a meditação.

4. Oração de simplicidade

Uma contemplação de visão ou atenção amorosa para algum objeto divino.

Conselhos:
a. Antes da oração: Começa pela meditação ordinária, continue com o discurso. Não exagerar na meditação nem também nos atos da oração afetiva.
b. Durante a oração: Preparar a matéria da meditação abandona quando a graça a indica. Preparação lembrança ou texto da vida de Cristo e sagrada escritura. Lutar contra as distrações, atenção amorosa em Deus, deixar a alma tranqüila apesar das distrações involuntárias.
c. Depois da oração: Traduzir em uma melhora geral da vida cristã. Fugir de todas as afeiçoes e complicações em nossas relações com Deus e próximo.

Etapa Predominante Mística

5. Oração de simplicidade

O passo da oração ascética à mística. Os elementos infusos prevalecem sobre os adquiridos de modo gradual e progressivo até que alma entra na oração mística ou contemplação.

Disposição para a contemplação:
a. Pureza de coração.
b. Simplicidade de espírito ver tudo através de Deus.
c. Humildade.
d. Recolhimento profundo.
e. Pratica intensa das virtudes teologias.
f. Pratica intensa da oração.
g. Tenra devoção a Maria Santíssima.

6. Recolhimento Infuso

Oração de união do entendimento com Deus o que atrai com os dons de ciência, conselho e entendimento que lhes faz penetrar de um só golpe no mundo sobrenatural.

Fenômenos Concomitantes:
a. Presença de Deus sobrenatural ou infusa na alma que prevalece ao recolhimento.
b. Admiração deleitosa na alma ao descobrir em Deus tantas maravilhas de amor, bondade, etc....
c. Profundo silêncio espiritual.
d. Luzes vivas sobre Deus e seus mistérios.

Conselho para este tipo de oração:
a. Não suspender o discurso até o convite do Senhor.
b. Suspende o discurso ao sentir o atrativo da graça.
c. Entregar-se toda alma à vida interior.

7. Oração de quietude

Sentimento intimo da presença de Deus que cativa a vontade e enche a alma e o corpo com deleites inefável. O gozo deste dom concentra-se no interior.

Efeitos:
a. Liberdade de espírito.
b. Temor filial de Deus.
c. Grande confiança da salvação.
d. Amor à mortificação e trabalhos penosos.
e. Humildade.
f. Desprezo dos deleites terrenos.
g. Crescimento de todas as virtudes.

Conselhos:
a. Oração de quietude:
Não esforço para realizar a oração.
Secundar rápido a ação de Deus quando senti-la.
Fugir das ocasiões que ofendem a Deus.
Não deixa as orações nas dificuldades.

b. No sono das potencias:
Não ser demasiados.

c. Embriaguez de amor:
Moderar os ímpetos.
Humilhar-se profundamente.
Oração não pelo consolo, senão, por Deus.
Praticar as virtudes.

8. Oração de união

Grau de contemplação infusa onde todas as potencias interiores estão ocupadas em Deus (entendimento, vontade e memória) e os sentidos corporais externos estão livres.

Característica:
a. Ausência de distrações.
b. Certeza da união da alma com Deus.
c. Ausência de cansaço.

Fenômenos concomitantes:
a. Toque místico: Sensação que tem a alma de ter sido tocada pelo mesmo Deus (na alma ou no espírito) Não procura-las.
b. Os ímpetos são impulsos fortes e inesperados de amor de Deus que deixa à alma com fome e sede de amor.
c. As feridas de amor podem ser escondidas os toques ou manifestas ao exterior.
d. Chagas de amor, feridas mais profundo e duradouro.

9. União enlevada

Sobrevém o êxtase que é uma fraqueza corporal (cativa os sentidos externos) desaparece nos altos da união transformativa (lugar das comunicações divinas)

Causa:
a. Eficiente: Espírito Santo com seus dons ilumina a fé e excetuando a caridade faz alienar dos sentidos.
b. Formal: Contemplação infusa em grau intenso e o efeito dos dons de entendimento e sabedoria.
c. Material: Imperfeição natural do sujeito que recebe a contemplação infusa sendo corporal e também psicológica.
d. Final: Santificação da alma (é um fenômeno santificador)

Efeito do Êxtase:
a. No corpo: Insensibilidade orgânica, expressão radiante da fisionomia e levitação.
b. Na alma: Comunica à alma uma energia sobrenatural que chega até o heroísmo na pratica de todas as virtudes.

10. União transformadora

A união transformadora com Deus consumada e a deificação da alma com a transformação das potencias superiores quanto ao modo de obrar.

Efeitos:
a. Sem egoísmo.
b. Único desejo da glória de Deus.
c. Desejo constante e tranqüilo de padecer.
d. Subordinada a vontade de Deus.
e. Gozo nas perseguições.
f. Amor intenso aos inimigos.
g. Zelo pela salvação das almas.
h. Desprendimento do Criado.
i. Ânsia de solidão.
j. Ausência de securas espiritual.
k. Paz e quietude imperturbável.
l. Ausência de êxtase e arrombo (ação de Deus recai sobre o espírito)
m. Morte de amor dos santos, não há temor da morte mais uma suave arrombo.